pesado pesadelo
dessa água não beberei
foi assim que começou
o que nunca acabou
por quê? nem eu mesmo sei
a noite já ia longe
a estrada muito comprida
parecia levar uma vida
que não chegou até hoje
a borrasca que caiu
bem no meio do caminho
vá pra puta que pariu!
eu fui xingando sozinho
súbito, vindo do nada
o vento diz a que veio
o troço fica tão feio
e a situação tão braba
vou distribuindo porrada,
pontapé, soco, dentada,
e enquanto eu me debato
minha vida vai nesse ato
tento correr, como um louco,
o peso da lama é cola
e o defunto que me olha
avança pouco a pouco
e nesse pouco a pouco
a aflição fica enorme
e eu tentando dar o troco
vejo alguém que dorme
mas como? ele ali sou eu!
e ouvindo minhas palavras,
saio dos braços de Morfeu
e vejo tudo às claras:
puta merda! que pesadelo,
quase me cago de medo!
arroto a feijoada
e vou dar uma cagada...
Guardador de Vaca
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